Ela desce pelo tubo digestivo como um alimento qualquer e tira fotos durante o percurso. Com dimensões pouco maiores do que um comprimido comum, a pílula pode ser engolida com água e não provoca nenhuma dor. Um receptor acoplado a um cinto fica encarregado de armazenar as imagens, pois a cápsula é descartada. Criada para observar lugares que a endoscopia e outros exames não alcançam, a pílula foi inventada em Israel e já é usada no Brasil pelo SUS em algumas cidades.
A cápsula é eficaz em diagnosticar lesões, pólipos e tumores do aparelho digestivo.
VIAGEM AO CENTRO DO CORPO
Em 12 horas, cápsula desce pelo tubo digestivo e registra tudo
1) O paciente precisa tomar laxantes antes do exame para evitar o acúmulo de bolo fecal. Após vestir o cinto que contém o receptor, ele engole a pílula. Feita de plástico biocompatível que resiste à temperatura do corpo e aos sucos gástricos, ela pesa só 4 g
2) No percurso, a cápsula tira 35 fotos por segundo. LEDs iluminam o interior do corpo, enquanto a cápsula não para de fotografar. As fotos são enviadas por sinais de rádio ao receptor e será baseado nelas que o diagnóstico será feito
3) A vantagem é poder visualizar o intestino grosso por completo – na colonoscopia, em que o cabo é inserido pelo ânus, há dificuldade para chegar a algumas partes. Além disso, a cápsula consegue investigar as dobrinhas do lugar com clareza
4) As baterias duram 12 horas, tempo suficiente para a cápsula fazer sua tarefa e ser eliminada nas fezes. Ela não precisa ser retirada do cocô e deve ser descartada. Se detectado algo no exame, pode ser feito cirurgiaou tratamento com endoscopia